segunda-feira, 4 de agosto de 2014

1ª fase da OAB apresentou nível médio para difícil

1ª fase da OAB apresentou nível médio para difícil

A 1ª fase do XIV Exame Unificado da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) foi de nível médio para difícil, de acordo com especialistas do Complexo Damásio entrevistados pela reportagem do site Última Instância neste domingo.

A prova objetiva foi composta por 80 questões de múltipla escolha, integrando disciplinas profissionalizantes obrigatórias do curso de Direito, além de Direitos Humanos, Código do Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental, Direito Internacional, Filosofia do Direito, Estatuto da Advocacia e da OAB, seu Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB.

Os aprovados farão a segunda fase no dia 14 de setembro, assim como os candidatos que solicitaram o reaproveitamento da 1ª fase do XIII Exame. O reaproveitamento pode ser solicitado na página da FGV. Para isso, o candidato poderá inscrever-se exclusivamente via Internet, das 14h de terça-feira (5) até às 23h59 do dia 12 de agosto, sempre no horário oficial de Brasília.


Leia abaixo a opinião de cada especialista em algumas das principais áreas abordadas no Exame.


Direito Tributário – Caio Bartine:
“A prova de tributário não estava de todo complexa. Tinha uma questão jurisprudencial, vinculada ao princípio da anterioridade, da retroatividade. Outra falava de fraude e execução fiscal e outra tratava de solidariedade em matéria tributária. Não há nada na prova de Tributário que se possa dizer que vai ensejar em recurso. Um prova coerente por si só.”

ECA  - Guilherme Madeira:
“A prova foi dentro do esperado, de nível médio para difícil. Foram duas questões, uma prática e outra conceitual. O aluno que ficou atento às aulas e estudou família substituta e o artigo 250 do ECA não deve ter tido grandes problemas”.

Processo Penal – Guilherme Madeira:
“Foi uma prova longa, de nível médio para difícil e bem elaborada. Mas bem feita.”

Patrícia Vanzolini – Direito Penal:
“Diria que não foi uma das mais fáceis não, daria uma nota oito para ela porque teve uns pontos bastante inesperados, apesar de se manter fiel a outros pontos que já foram  muito repetidos . Muitas questões são relativas à teoria do crime, à parte geral. Como por exemplo, uma sobre nexo de causalidade, outra sobre omissão imprópria.
Porém, houve uma questão que considero um ponto fora da curva, abordando legislação penal especial e uma lei que não me recordo de ter caído antes, que aborda a difamação no Código Eleitoral. Essa pode ser considerada um pouco mais complexa.
A questão do desabamento com resultado morte (crime contra incolumidade pública) também não era uma questão óbvia, pois este foi um crime que jamais foi pedido. Porém, pelo que percebi, a maioria dos candidatos acertou por intuição e por raciocínio.”

Renata Orsi –Processo do Trabalho:
“Foi dentro da dificuldade esperada. Abordamos questões da prova no Dia Damásio em sala de aula. A princípio nenhuma questão passível de recurso, todas questões básicas, nada muito inovador.”

Leone Pereira – Direito do Trabalho:
“A prova foi dentro do esperado, nível médio. Sempre casos práticos, cobrando muitas súmulas, orientações jurisprudenciais. Mais uma vez foram seis questões de Trabalho e cinco de Processo do Trabalho, totalizando onze, ou seja, 15% da prova. E cobrando administração pública relacionada com a área trabalhista, o que nos chamou bastante atenção. Este tema já vinha caindo na segunda fase e agora foi parar na primeira. Mas tudo foi abordado nas aulas.”

Flávia Cristina – Direito Administrativo:
“Foram seis questões. Três delas tinham uma dificuldade razoável; outra considero bem difícil porque trouxe a exceção da exceção – ela fala sobre poder de polícia e execução de multa, mas abordamos isso em aula. E outras duas tiveram nível de dificuldade maior.”

Elizabeth Vido – Direito Empresarial:
“Prova média, continuou mantendo uma questão para cada um dos grandes temas da área, mas com alternativas e textos maiores. A prova inteira foi em cima de leis, não caiu nada em torno de doutrina, de posicionamento do STJ. A questão de título de crédito mais simples do que normalmente cai; já a questão de recuperação foi mais difícil do que normalmente cai; e houve também uma questão de contratos que normalmente não caía.”





Site Última Instância - Por João Novaes

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